As malas estão despachadas e as formalidades de embarque cumpridas.
Daqui a pouco o avião descola para me levar àquele país peculiar que reside geograficamente no espaço central do continente americano. Serão algumas horas de viagem em que irei rever toda a informação sobre a Costa Rica. Assim, quando lá chegar, estarei melhor preparado para o impacto?
Chegamos. Desejoso por amanhã. Pelo início de uma grande aventura.

Já sei onde fica a sala dos pequenos-almoços [que vou ter incluídos durante toda a viagem], sou dono do meu tempo. Rapidamente vou recolher a minha viatura de aluguer e faço-me às ruas da capital.
Que impacto! Não que San José seja das capitais mais deslumbrantes da América Central. Mas tem, naturalmente, vários pontos de interesse e referência. E toda aquela atmosfera que cai bem nos nossos sentidos. A atmosfera descontraída, divertida e desinibida tão própria dos países destas geografias. O Teatro Nacional e o Museu do Ouro são dois locais que me interessam, pelo que não vou deixar escapá-los. Assim como o Museu das Crianças e a Catedral Metropolitana, sem descurar a Praça da Cultura com a sua energia tão carismática. Em vez de explorar a cidades, poderei antes optar por fazer os "rápidos" do Rio Pacuare (opcional) ou rendo-me a um maravilhoso caleidoscópio de sensações, pois de uma assentada posso visitar o místico vulcão Poás, conhecer a realidade cafezeira na plantação Doka Estate, visitar Grécia e terminar com uma surpreendente visita à localidade de Sarchi, capital do artesanato costa-riquenho onde irei percecionar toda uma História e tradição (opcional).
E quando, logo à noite, resolver ir jantar a algum sítio, naturalmente que irei optar pelo Paseo Gastronómico La Luz, um género de "corredor" de propostas gastronómicas de encher o olho e pacificar a alma.

Cumprida que está a descoberta de San José, hoje é dia de emalar as coisas e mudar-me para o Arenal, onde pontifica o majestoso vulcão do mesmo nome. Só por si o passeio até La Fortuna, localidade próxima ao vulcão, é uma revelação de quintas de gado, de plantações agrícolas, de uma infinidade de plantas que crescem e se arrumam na nossa memória visual. Uma sucessão de momentos belos e que emocionam.
Depois é alojar-me e partir à descoberta desta região mal tenha o tal tempo lento de que preciso para me imbuir de mais e mais maravilhamentos. Não me posso esquecer de que me encontro nos locais mais épicos de toda a Costa Rica, pelo que não vou dar por perdida esta oportunidade.

Acordei tão bem-disposto que apetece mesmo fazer o passeio a cavalo pelo sopé do vulcão. Uma cavalgada por entre a floresta que, mais à frente, inclui um passeio a pé até à paradisíaca catarata La Fortuna com direito a banho se para aí estiver virado. Im-per-dí-vel! Para terminar este momento nada como uma degustação de frutas em casa de don Chico. Muito acolhedora, muito agradável. De regresso ao hotel ainda vou ter tempo para um banho relaxante nas águas termais que ele oferece.

Ainda não decidi se vou ficar pelo hotel e dar continuidade aos banhos termais. Pode acontecer que sim. Ou talvez não.
Mas se me decidir por alguma atividade nos arredores, o que não falta são opções.
Vou ter que me decidir entre aprender sobre o café e chocolate numa visita imperdível (opcional), fazer uma caminhada inesquecível com panorâmicas deslumbrantes do vulcão ou passear descontraidamente pela localidade de La Fortuna e interagir com os sorrisos locais (opcional). Ou então visitar uma quinta local (opcional) e familiarizar-me com o quotidiano das gentes que laboram os campos. E que inclui um almoço em cuja preparação irei participar.
Não vai uma escolha fácil. Mas seja ela qual for, será sempre gratificante e redentora!

Estranho nome, este de Manuel António para atribuir a um dos lugares mais belos de toda a Costa Rica. Pura Vida!
Mais umas horas de viagem que me vão levar das planícies nortenhas às águas sossegadas e cristalinas do Pacífico.
Manuel António é nome de Parque Natural. O mais pequeno do país, mas um dos mais visitados graças à beleza dos seus areais e ao conjunto visual magnífico que estas conseguem em cumplicidade com o verde da floresta, pelas montanhas que tudo isto abraçam, pela vida animal que segue normal e espontânea como nada se passasse à sua volta. Um dos mais belos e perfeitos habitats do país! Chego e remeto-me ao descanso. Amanhã tenho coisas bonitas para ver, caminhadas para fazer com toda a tranquilidade que lhes, que me, é devida.
A vista em redor do meu quarto é daquelas que fica presa na respiração?

Encontro-me com o guia de natureza que me vai acompanhar nesta incursão ao Parque Nacional e iniciar-me nos conhecimentos e particularidades desta selva tropical exótica prenhe de biodiversidade com uma abundância estonteante de vida faunística e florística.
Talvez mais logo, estando com disposição para tal, opte por uma cavalgada até à catarata Tocorí (opcional). Um dos mais belos passeios desta região que promete um desfecho paradisíaco com possibilidade de um banho refrescante.
Já quanto ao final do dia está decidido! Vou fazer um passeio de catamarã (opcional) para disfrutar de um esplendoroso pôr-do-sol.

Vou optar por aproveitar as águas turquesa e tépidas da praia Manuel António.
Vou ficar na observação dos pássaros e das iguanas e dos macacos. Imbuído de toda esta natureza que me fez refém. Um género de Síndrome de Estocolmo que agora vivencio na primeira pessoa.
E não me vai apetecer fazer mais nada a não ser repor os níveis de encantamento e organizar as minhas ideias relativamente a tudo o que de tão maravilhoso me tem sido proporcionado nestes dias.
Bem?às tantas ainda me resolvo a fazer um rafting no rio Savegre (opcional), aqui nas imediações. Logo vejo. Mais logo me decido. Não tenho pressas. Estou em registo Slow [by Abreu].

Vou optar por aproveitar as águas turquesa e tépidas da praia Manuel António.
Vou ficar na observação dos pássaros e das iguanas e dos macacos. Imbuído de toda esta natureza que me fez refém. Um género de Síndrome de Estocolmo que agora vivencio na primeira pessoa.
E não me vai apetecer fazer mais nada a não ser repor os níveis de encantamento e organizar as minhas ideias relativamente a tudo o que de tão maravilhoso me tem sido proporcionado nestes dias.
Bem?às tantas ainda me resolvo a fazer um rafting no rio Savegre (opcional), aqui nas imediações. Logo vejo. Mais logo me decido. Não tenho pressas. Estou em registo Slow [by Abreu].

Vou ter de voltar a este sítio, ai vou vou! De tão belo e sedutor que é não há como não regressar.
Mas agora outro tipo de regresso se impõe: a casa. Regresso, por via terrestre, a San José onde dormirei mais uma noite.

Hoje acordei com o sentimento de saudade? há toda uma epopeia costa-riquenha que ficou para trás no espaço e no tempo. Mas que na gaveta das minhas memórias irá perdurar. Gaveta que irei abrir muitas vezes na procura das lembranças, das mais doces memórias, dos mais ínfimos detalhes.
Despeço-me da minha viatura de aluguer entregando-a sã e salva e dirijo-me ao Aeroporto para cumprir as formalidades do costume e a embarcar para um voo de regresso ao meu país, à minha cidade, ao meu bairro.

Cheguei. Foi uma experiência a todos os níveis inesquecível. A todos os níveis encantatória. A todos os níveis grandiosa.